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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Umarizal registra tremor de magnitude 2,9


A última terça-feira foi marcada por um abalo sísmico de magnitude 2,9 graus na escala Richter, na cidade de Umarizal, região Oeste do Estado. O tremor na terra também foi sentido nos municípios de Martins, Serrinha dos Pintos, Itaú, Riacho da Cruz, Portalegre, Viçosa e Taboleiro Grande, às 5h30. Segundo o coordenador do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Joaquim Mendes Ferreira, o abalo ocorreu devido ao deslocamento das rochas no interior da terra. "Esses deslocamentos acarretaram uma pressão na estrutura rochosa, dando origem aos tremores que sentimos aqui em cima", explica.

Ainda de acordo com o professor, esse foi o primeiro tremor de terra registrado na cidade. "É o que chamamos de evento isolado", diz. Por isso, segundo ele, não há necessidade de se fazer um estudo no epicentro do abalo. "O tremor foi registrado, mas só passamos a estudar a área quando ela se torna um território de enxame sísmico, ou seja, quando passamos a ter certa frequência de abalos no local", explica.
Apesar do susto, Joaquim esclarece que um tremor com magnitude 2,9 graus não traz consequências financeiras, tanto para a população do epicentro como para as cidades vizinhas. "Nesse caso, a consequência maior que se pode ter tido é psicológica. Para termos danos estruturais o abalo precisa registrar mais de 4 graus, e ainda assim, dependendo da magnitude, esses danos seriam em casas ou prédios sem muito reforço".

De qualquer forma, o laboratório sismológico da UFRN hoje atua diretamente via internet em oito estações monitorando a atividade sísmica no Nordeste em parceria com a Petrobras e a FUNPEC, através do Projeto RSISNE. Esse monitoramento permite identificar o local exato do epicentro, bem como fazer um levantamento do movimento das rochas no interior da terra. Até o meio do ano a ideia é monitorar 19 estações via internet. 

A preocupação acontece porque o Rio Grande do Norte está na borda da Bacia Potiguar, região sísmica mais ativa do Brasil. Segundo o professor, quase que diariamente, essas estações registram microtremores no Estado. "São tremores de pequenas magnitudes, por isso, apesar de registrarmos, não sentimos", diz Joaquim. Para serem sentidos pela população próxima ao epicentro, os tremores devem atingir magnitude acima de 1,5 grau. 

Do Jornal de Fato

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