Desde que foi criada na rede social facebook, há cerca de duas semanas, a página do livro “A Saga dos Limões”, do médico psiquiatra e pesquisador social Epitácio de Andrade Filho, dezenas de jovens já “curtiram” esta forma de divulgação da obra, que está com a primeira edição esgotada.
Foto: João Batista
Tiara Andrade, filha, Dona Lourdinha, mãe, com netos.
A página no facebook de “A Saga dos Limões” foi idealizada pela estudante de psicologia Tiara Andrade, filha do escritor, incentivada pela avó, Dona Lourdinha Holanda, e pelos primos/as que compareceram ao lançamento do livro, na livraria Siciliano, do Shopping Midway Mall, em Natal, capital do Rio Grande do Norte, no dia 29 de agosto do ano passado, coincidentemente, data do aniversário da universitária.
Foto: Epitácio Andrade
Jovens no evento “A Noite das Sagas”
No evento cultural “A Noite das Sagas”, realizado no final do ano passado, na Praia de Ponta Negra, em Natal, numa parceria de Epitácio Filho com o escritor Dudé Viana, autor de “A Saga Benevides Carneiro”, Tiara Andrade contribuiu na mobilização de jovens como as irmãs Isabel e Giovana Batista, campeãs de aeróbica no Rio Grande do Norte, e Felipe Azevedo, campeão de pólo aquático. Acerca de “A Saga dos Limões”, Isabel Batista comentou: “Por ter um avô que vendia couro na Paraíba e nos contava a vivência dele com cangaceiros e todas as histórias que circundavam sua infância, foi oportuno para minha família lembrarmos através desta leitura todas as marcas e sofrimentos de pessoas de uma região na tentativa de adquirir sua dignidade”.
Foto: cedida
Isabel Batista
A campeã Isabel Batista, recém-aprovada no vestibular para o curso de educação física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, continua seu comentário sobre a obra: “São traços pequenos e desconhecidos do cangaço evidenciados no livro que nos fazem compreender a história do povo nordestino. A saga dos limões deixa evidente a necessidade de conhecermos melhor nossa história, nosso povo e nossos valores morais e étnicos”.
Foto: cedida
Gabrielle Lima
Primeiro lugar no vestibular para o curso de pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no ano de 2010, a universitária Gabrielle Lima ressaltou a frase do escritor: “Não conheço outro caminho em direção a plenitude humana, que não seja o caminho das letras”, em entrevista concedida ao blog da APOESC (Associação dos Poetas e Escritores de Santa Cruz).
Gabrielle e seu irmão Felipe Lima, estudante universitário do curso de educação física na UFRN, são fãs de “A Saga dos Limões”. A propósito do livro, a pedagoga em formação comentou: “Trata-se de uma ótima oportunidade de aproximação com as nordestinidades, de um novo olhar sobre a história e a identidade do Rio Grande do Norte. Quanto aos jovens, o livro ajuda a despertar esse interesse pelas raízes, muitas vezes esquecidas no contexto acadêmico. Eu, particularmente, considero uma leitura indispensável, fazendo minhas as palavras do autor, por representar um pouco da Pedagogia sertaneja”.
Foto: Indalécio Holanda
Gabrielle e Felipe participando do jantar pós-lançamento
O jovem patuense Thiago Queiroga Solano Vale, em observação elogiosa, comentou sobre a produção cultural do autor de “A Saga dos Limões”: “Quero parabenizá-lo pelo belo trabalho que vem fazendo no resgate histórico da nossa cidade. Tenho certeza que muitos jovens de Patu estão se espelhando em você, para compartilhar com suas proles em um futuro próximo, a história de hoje em diante”.
Thiago Queiroga
Herdeiro político de tradicionais famílias das glebas do cangaceiro Jesuíno Brilhante (1844-79), um dos personagens do ensaio historiográfico “A Saga dos Limões”, Thiago Queiroga Solano Vale demonstra tirocínio para a ciência política quando faz uma associação analógica entre a obra literária e a criação da feira cultural de Patu/RN, idealizada há quase trinta anos pelos pais do escritor: “Faço coro com esses jovens, em ter o prazer de contar ao meu filho, as histórias que escutei do meu pai e minha mãe, por exemplo, sobre o prefeito Epitácio Andrade que junto a sua esposa Lourdes Holanda, implantaram em nossa cidade a feira da cultura, o maior patrimônio que nossa cidade possui neste seguimento, e não menos importante, a história do psiquiatra, também escritor, que brandamente, relatou em suas escritas, o vigor de um povo através da vida de um cangaceiro apaixonado”.
Abertura da Feira da Cultura de Patu em 1986
O então prefeito de Patu Epitácio de Andrade (in memoriam) e sua esposa Lourdinha Holanda, pais do autor de “A Saga dos Limões”, como bem lembrou Thiago Queiroga, idealizaram e realizaram as seis primeiras edições da Feira da Cultura, realização que veio a ser cognominada de “o maior evento sócio-cultural do médio-oeste potiguar. A foto ilustrativa da matéria é creditada ao professor pessoense Rômulo Gondim, responsável por captar a imagem da abertura da quarta edição, coordenada por Epitácio Filho, que aparece no palanque ao lado do seu pai (com microfone), de sua mãe Lourdinha, do professor Canuto Saraiva, do vereador Francisco Figueiredo, do secretário de finanças Tião Tavares, do vice-prefeito Sebastião Petronilo e do presidente da câmara de Vereadores Raimundo Gomes.
Para o jovem Vinicius Nunes, concluinte do curso médico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, “A Saga dos Limões” traz informações sobre uma relação da história do cangaço com a história da medicina brasileira e potiguar: “O médico potiguar Francisco Pinheiro de Almeida Castro (que hoje dá nome à maternidade de Mossoró/RN) resgatou o crânio de Jesuíno Brilhante em 1883. Posteriormente, na década de 30 do século passado, a peça anatômica foi transferida para o Rio de Janeiro a fim de compor o acervo museológico de Juliano Moreira (primeiro psiquiatra negro do Brasil). Tal fato veio enriquecer o legado histórico, estabelecendo uma relação importante entre medicina e cangaço”.
Vinicius Nunes
A grande aceitação do livro “A Saga dos Limões – Negritude no Enfrentamento ao Cangaço de Jesuíno Brilhante” pela juventude tem sido uma das motivações para o autor organizar a segunda edição, agora revisada e ampliada.
Fonte: Epitácio Filho.
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