A queda é atribuída a dois fatores: desaceleração da economia e política de renúncia fiscal do governo federal, que reduziu o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de eletrodomésticos da chamada linha branca e dos automóveis para garantir empregos dos metalúrgicos do ABC paulista. A redução no FPM significa também queda nos repasses para a Educação e para as unidades de Saúde num momento em que as prefeituras foram obrigadas a implantar o piso que elevou os salários dos professores em 22% este ano, afirma o presidente da Femurn.
Um outro problema apontado por Benes Leocádio é a Lei de Responsabilidade Fiscal. "Com a queda na arrecadação e o aumento de despesas decorrente do reajuste do salário mínimo e do piso dos professores, os municípios estão ultrapassando o limite imposto pela lei." Como os prefeitos estão em final de mandato, terão de fazer ajustes sob penas de improbidade administrativa, o que os impediria de assumir o mandato no caso de reeleição. O alerta já está sendo emitido pelo TCE.
Benes disse ainda que uma saída para amenizar a crise nos municípios, que enfrenta graves problemas com a estiagem, seria a aprovação do projeto de redistribuição dos royalties do petróleo. Mas o projeto está engavetado na Câmara dos Deputados e dificilmente será votado este ano.
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